Porquê colecionar sementes de canábis?
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Tempo de leitura 4 min
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ÍNDICE
Acha que as sementes de canábis servem apenas para cultivar? Engana-se! Muitos entusiastas colecionam-nas pela sua raridade, história e diversidade. A Mama vai explicar-lhe porque é que elas se tornaram verdadeiros tesouros a guardar, mesmo sem nunca as germinar.
Então, meu caro, a primeira coisa que precisa de entender é que possuir sementes de canábis em Portugal permitido.
É possível comprar sementes de CBD? Sim, claro. Pode comprá-las, colecioná-las, trocá-las, mas atenção, há uma regra clara e rígida: é proibido germiná-las.
O cultivo de cannabis continua a ser ilegal, embora algumas variedades ricas em CBD circulem legalmente. Em Portugal, a lei autoriza produtos acabados derivados do cânhamo (como os óleos as flores de CBD que pode encontrar na minha loja online), mas não o cultivo pessoal a partir de sementes.
Isso significa que, se quiseres começar uma pequena coleção, podes fazê-lo sem problemas. Mas deves ter em mente que essas sementes não estão aí para acabar num vaso, mas sim para serem admiradas, classificadas e conservadas.
Algumas lojas especializadas ou sites da Internet oferecem essas sementes de coleção, muitas vezes acompanhadas de informações detalhadas sobre a sua origem, tipo (Sativa, Indica ou híbrida) e características. Assim, pode ter nas suas mãos uma semente que já conta uma história.
Talvez se pergunte por que colecionar uma semente que nunca será plantada? A resposta é simples: pelo seu valor simbólico e cultural.
Cada semente é, na verdade, um pequeno cofre de património genético. Ela contém a herança de uma variedade específica, seja uma Kush, uma Haze, uma Skunk ou uma variedade híbrida única. Colecionar essas sementes é como guardar peças raras da botânica nas mãos.
Algumas são até consideradas preciosas, pois provêm de linhagens antigas ou de cruzamentos que já não se encontram.
Os bancos de sementes desempenham um papel essencial neste contexto. Eles preservam variedades que poderiam ter desaparecido e permitem que os colecionadores tenham acesso a uma incrível diversidade.
No fim das contas, colecionar sementes é um pouco como colecionar selos ou moedas. Não as usas para enviar uma carta ou pagar o teu café, mas guardas-as porque têm uma história, uma raridade, uma beleza.
O que atrai muitos colecionadores é também a curiosidade e a vontade de aprender. Observar uma coleção de sementes é mergulhar no complexo mundo da cannabis. Compreender e aprender as suas origens geográficas, as suas principais variedades (Sativa, Indica, híbridas) ou os seus cruzamentos, por vezes surpreendentes.
Algumas pessoas gostam de comparar sementes, ler sobre a sua genética, descobrir como os criadores trabalharam para criar novas linhagens. É um verdadeiro trabalho de pesquisa e paixão, que permite compreender melhor a planta sem nunca infringir a lei.
Além disso, há um lado quase patrimonial nesse hobby. Colecionar é preservar uma herança vegetal. Assim como algumas pessoas guardam sementes antigas de tomate ou trigo, outras optam por conservar sementes de cannabis. Esse gesto, por si só, contribui para manter viva a diversidade da planta.
Além do aspeto legal, há também uma dimensão cultural. A cannabis faz parte da história de muitas civilizações, e as sementes são a primeira prova disso. Colecioná-las é, portanto, guardar um pequeno vestígio dessa história na gaveta.
Por fim, para aqueles que se interessam pelo CBD, estas sementes também representam uma curiosidade. Algumas variedades podem ser ricas em canabidiol e, em condições específicas, podem oferecer flores com aromas e efeitos diferentes. Mesmo que em Portugal não Portugal cultivá-las, elas simbolizam o que o cânhamo moderno traz em termos de diversidade e bem-estar potencial.
Se quiseres começar, a Mama preparou uma pequena lista simples para ti:
Com isso, já estará bem encaminhado na sua aventura como colecionador.